"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

terça-feira, 21 de março de 2017

Correio dos Açores - Edição de 21 de Março de 2017


Ponta Delgada, 12 de março de 2017

Não sei explicar o que me traz tantas vezes a este local. A sério que não sei! Será o ilhéu de S. Roque, o forno da cal, a maresia? De uma coisa estou certo: sou apaixonado por Ponta Delgada. Nela sinto-me seguro a desenhar. Cidade de Antero, onde a Esperança não conseguiu demovê-lo. Cidade de Domingos, onde a etnografia dos “Emigrantes” perpetua nas nossas gentes. E hoje, mais uma vez, apresento-vos um rabisco desta cidade, com uma miscelânea de cores, feita a lápis aguareláveis, embora tenha optado por não provocar a fusão das cores com uma aguada.

2 comentários:

  1. Lindo! Adoro essas sombras, Paulo!

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    1. Obrigado, Miú! A mim deu-me um gosto extraordinário fazer este rabisco. Comecei como aprendi com Célia Burgos, pelos amarelos... e fui escurecendo, reparando nas texturas (não que as tivesse copiado). Fui atrás das cores que conseguia captar com o olhar. E como um vez me disse o Mário Linhares; é muito interessante a busca da cor. Talvez por isso digo: só serei pintor quando um dia conseguir reproduzir através da cor, da pintura, uma parede branca, numa qualquer tela de papel.

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