"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015


Ponta Delgada, 21 de novembro de 2015

No desejo de querer concluir o desenho, não tive o cuidado de confirmar a data do dia, pois, não o fiz no dia 20, mas sim no sábado, 21 de novembro.

Sempre que vou à Ribeira Grande não deixo de pensar no quanto é uma pena que a habitual entrada para o centro desta cidade fazer-se poente/nascente e este importantíssimo monumento ficar nas costas do nosso olhar. Atenção que, com isso, não estou, de forma alguma, a criticar o sentido circulatório da cidade e muito menos a sugerir a sua alteração. Longe disso. Por outro lado, a minha visita à cidade nortenha teve a ver com a curiosidade em ver o novo largo e jardim em frente aos paços do concelho. Endereço, desde já, os parabéns ao município pela obra, pois constata-se que cria outra envolvência entre o jardim e os diversos elementos à volta deste. Vê-se, agora, que aquela zona respira. Contudo, desejo que o estacionamento à volta deste jardim não seja permitido, uma vez que devemos deixar respirar estes monumentos, fazê-los, por si só, interagir com a envolvente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015



Ponta Delgada, 14 de novembro de 2015


Entre a degustação de um crepe com gelado de sabor a amora e as hipotéticas prendas de natal, pus-me a rabiscar a paisagem à minha frente, na companhia de 3 magníficas mulheres. Na construção deste rabisco não me importei com a cor, até porque apliquei a aguarela confortavelmente sentado no sofá. Todavia, quis marcar as 3 faixas do que observava com 3 diferentes cores. O céu, o verde das pastagens e pequenos montes e o aglomerado habitacional. Para quebrar a monotonia do céu azul, colei pedaços rasgados de jornal a tentar dar aspeto de nuvens. Um registo diferente do habitual, mas que me deu bastante consolo fazê-lo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 11 de Novembro de 2015


Ponta Delgada, 08 de Novembro de 2015

Ao descer a Avenida Gaspar Frutuoso e, com o propósito de rabiscar o antigo edifício da RDP – Açores, não pude deixar de ir pensando com os meus “botões”… Agora, como tudo indica vir a acontecer, com um governo regional de esquerda e um governo nacional da mesma frente ideológica, não vão faltar motivos para fazer o contrário do que fez a direita até aqui em termos culturais. Desta forma, comecemos já por exigir a compra do imóvel, em parceria com o município, ou até mesmo a sua manutenção no património do estado. A rádio nos Açores merece outro cuidado e atenção.

Quanto ao rabisco, fi-lo de forma muito rápida. Podia e devir ter-me preocupado com as proporções dos espaços entre elementos da fachada, mas a rapidez foi tanta que só me deparei com algumas falhas de construção quando o desenho já ia avançado. Depois, na coloração, no próprio local, procurei carregar nas sombras, dar alguma profundidade ao objeto desenhado e fazer parecer o verdadeiro estado de abandono em que o edifício se encontra.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 4 de Novembro de 2015


Ponta Delgada, 02 de Novembro de 2015

Hoje apresento-vos uma vista parcial da fachada do antigo Hospital de Ponta Delgada, designado na altura como Hospital de S. José. Viu e fez nascer a maioria dos habitantes desta nossa terra. E, por ironia do destino, aos filhos dos que viu nascer, está a formá-los. Neste emblemático edifício está hoje a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Correio dos Açores - Edição de 28 de Outubro de 2015


Ponta Delgada, 25 de Outubro de 2015


Tenho arriscado o rabisco de paisagem e estou a gostar imenso. Muitas vezes parece mais simples de fazer, dado que busco as manchas, as formas através de comparação com figuras geométricas, mas jogar e colocar, essas figuras, com a devida proporção, é que é o mais complicado. Com a coloração, aplicando os diferentes tons, neste caso de verdes, e as sombras, dá-nos um efeito de profundidade. É o que acontece com este rabisco feito na Ribeira Quente, encostado ao murete de proteção entre o mar e a rua da Trincheira, onde fico a olhar, a contemplar, a primeira terra pisada e povoada na ilha de S. Miguel (ficaria conhecida por Povoação Velha de S. Miguel).