"O artista, um contemplativo que passa, atento somente, às manifestações de cor, de harmonia e de beleza, que escapam aos olhos dos outros."
Domingos Rebêlo, num artigo que escreveu sobre os seus tempos de estudante em Paris, in "Açoreano Oriental", 13 de Janeiro de 1946.

sábado, 28 de março de 2015

Meia-lua - Caloura


Caloura, 14 de Março de 2015

Sentado na “meia-lua” junto ao porto de pescas da caloura, aprecio esta paisagem. Vejo a unidade hoteleira junto à praia de água d´alto que, segundo noticiado, irá entrar em remodelação. Aprecio também o ilhéu de Vila Franca, reserva natural e que, nos meses de verão, em nada fica atrás de qualquer ilha situada nas caraíbas ou, até mesmo, do índico.

As viagens aéreas “low-cost” estão a chegar. Só a Ryanair prevê transportar 350 mil passageiros por ano, aumentando a população flutuante no arquipélago em cerca de 30 mil pessoas por mês. Certamente que a ilha de S. Miguel será a mais ocupada; também é a que está melhor preparada. Mas nós, cidadãos, residentes, consumidores, estamos mesmo preparados? A interpretar a polémica com as tarifas de acesso à Lagoa da Furnas e à feitura dos típicos “Cozidos das Furnas” penso que não. As “low-cost” são um benefício para a região, logo, para todos nós. Mas convém não descurar que nós, residentes, não podemos ver o custo de vida aumentar e ficar sem a possibilidade de poder “ir para fora cá dentro”. Ou seja, vamos nós continuar a ter condições financeiras para fazermos a obrigatória travessia do porto da marina de Vila Franca até ao ilhéu da mesma vila?

quinta-feira, 12 de março de 2015


Lagoa, 08 de Março de 2015

A encosta micaelense é linda, sempre rodeada com o basalto negro azulado, decorado com o amarelo ocre das escarpas e os esverdeados das plantas endémicas. A costa entre Santa Cruz e a Caloura é disso exemplo. E estas cores são mais um motivo para atrair e encantar quem nos visita.

As viagens aéreas “low-cost” estão a chegar. Só a Ryanair prevê transportar 350 mil passageiros por ano, aumentando a população flutuante no arquipélago em cerca de 30 mil pessoas por mês. Certamente que a ilha de S. Miguel será a mais ocupada; também é a que está melhor preparada. Mas nós, cidadãos, residentes, consumidores, estamos mesmo preparados? A interpretar a polémica com as tarifas de acesso à Lagoa da Furnas e à feitura dos típicos “Cozidos das Furnas” penso que não. As “low-cost” são um benefício para a região, logo, para todos nós. Mas convém não descurar que nós, residentes, não podemos ver o custo de vida aumentar e ficar sem a possibilidade de poder “ir para fora cá dentro”.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Correio dos Açores - Edição de 25 de Fevereiro de 2015


Lagoa, 22 de Fevereiro de 2015

O desenho surgiu pela vontade de desenhar. Comecei com um breve esboço a grafite e depois a tinta-da-china. Colori a aguarela no próprio local. Sentado a desenhar apercebi-me do quanto seria importante o município dar outra atenção a esta orla da cidade. Não será necessário nenhumas “portas do mar”, mas um passeio pedestre, uma ciclovia, desde o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores até ao Portinho de S. Pedro, daria, por certo, outra visibilidade, outra salubridade e viraria por completo a cidade da Lagoa para o mar.